COVID-19 pode prejudicar as habilidades de pensamento de uma pessoa, descobriu um novo estudo. As evidências relacionadas às complicações neurológicas pós-covidárias estão aumentando. O estudo atual adiciona problemas de raciocínio à lista.
O estudo está sendo conduzido pelo Dr.Gabriel A. de Erausquin e colaboradores do Instituto Glenn Biggs para Doenças de Alzheimer e Neurodegenerativas.
A equipe testou 400 sobreviventes do COVID da Argentina. Todos eles tinham mais de 60 anos.
“Mais de 60% dos sobreviventes de COVID apresentam comprometimento cognitivo. Destes, cerca de um em cada três tem deficiência cognitiva grave.”
Entre os quatrocentos indivíduos, mais de 60% apresentaram algum tipo de deficiência cognitiva.
Desses 60% dos participantes, cerca de um em cada três tinha comprometimento cognitivo grave.
O comprometimento cognitivo também foi observado mesmo em pacientes com COVID-19 recuperados que apresentavam apenas um resfriado leve ou problema respiratório após a infecção por SARS-CoV-2.
“Não se sabe se a deficiência, como esquecimento e dificuldade de linguagem, será progressiva”, disse o Dr. de Erausquin.
O SARS-CoV-2 entra no sistema nervoso principalmente através do bulbo olfatório, que contém as células cerebrais que reagem ao cheiro. “A falta persistente de olfato está associada a alterações cerebrais. Uma vez que o vírus tenha afetado o bulbo olfatório e causado efeitos nele, outros locais do cérebro que estão conectados a ele também se tornam anormais, seja em função ou estrutura, ou em ambos”, acrescentou o Dr. de Erausquin.
A equipe está preocupada com os resultados do estudo, já que a população argentina do estudo reflete uma taxa de comprometimento cognitivo de vezes maior do que o risco ao longo da vida de doença de Alzheimer para adultos mais velhos
“Isso é preocupante. Este poderia ser o início de uma epidemia relacionada à demência alimentada por este último coronavírus.” destacou o Dr. de Erausquin.
Os participantes foram avaliados uma vez até agora, mas a equipe planejou conduzir um estudo de acompanhamento depois de três a cinco anos. Os resultados do estudo foram apresentados na Conferência Internacional da Associação de Alzheimer.
Fonte: Medindia